Entenda a História entre Israel e Palestina

17/10/2023

Aligação histórica e religiosa dos judeus com Jerusalém é um dos principais motivos pelos quais muitos judeus consideram a cidade como parte integrante de sua herança e identidade cultural. A conexão entre os judeus e Jerusalém remonta a milhares de anos e é baseada em fatores religiosos, históricos e culturais. Aqui estão alguns dos principais motivos:

Jerusalém é um local sagrado nas três principais religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo e islamismo. No judaísmo, Jerusalém é o local do Templo de Salomão, o mais sagrado de todos os locais, onde a Arca da Aliança era mantida. A cidade é mencionada inúmeras vezes nas escrituras judaicas, incluindo a Torá (Antigo Testamento).

Jerusalém tem uma longa história de presença judaica que remonta a milhares de anos. Ela serviu como a capital do Reino de Israel sob o Rei Davi e seu filho, Salomão.

Jerusalém desempenhou um papel fundamental na cultura e tradição judaicas. Os eventos e locais associados à cidade desempenham um papel importante em festas religiosas, como o Pessach (Páscoa), Shavuot e Sucot.

Ao longo da história, os judeus foram dispersos por várias regiões do mundo, em um evento conhecido como o exílio ou diáspora judaica. A ideia de retornar a Jerusalém e reconstruir o Templo sempre foi uma parte fundamental da esperança judaica.

O movimento sionista, que surgiu no final do século XIX, defendeu a criação de um Estado judeu na Palestina, em parte com base no argumento de que Jerusalém é a capital histórica e religiosa do povo judeu.

Portanto, a crença de que Jerusalém é território dos judeus tem raízes profundas na religião, história e cultura judaicas. É importante notar que, ao mesmo tempo, Jerusalém é uma cidade multicultural, lar de várias comunidades religiosas e étnicas, e a questão de sua soberania é altamente contestada e complexa, envolvendo várias perspectivas e interesses no contexto do conflito israelense-palestino. A cidade é reivindicada tanto por Israel quanto pela Palestina como sua capital, e a resolução desse conflito é uma questão complexa de negociação e diplomacia internacional.A história do conflito entre Israel e a Palestina é complexa e remonta a várias décadas. Para entender essa questão, é necessário examinar vários eventos históricos e fatores que contribuíram para o conflito. Começando no final do século XIX até o momento do meu conhecimento em setembro de 2021. Lembre-se de que a situação pode ter evoluído desde então.

No final do século XIX, a região conhecida como Palestina fazia parte do Império Otomano. Judeus e árabes viviam na área, mas a maioria da população era árabe muçulmana.

O movimento sionista, liderado por Theodor Herzl, ganhou força no final do século XIX. Os sionistas buscavam o estabelecimento de um Estado judeu na Palestina, alegando que era a terra ancestral dos judeus.

Declaração de Balfour (1917): Durante a Primeira Guerra Mundial, a Declaração de Balfour, emitida pelo governo britânico, expressou apoio à criação de "um lar nacional para o povo judeu" na Palestina, o que levou a um aumento significativo da imigração judaica.

Após a queda do Império Otomano, a Liga das Nações concedeu à Grã-Bretanha o Mandato da Palestina. A imigração judaica cresceu, causando tensões com a população árabe local.

A ONU propôs um plano de partilha da Palestina em 1947, que previa a divisão da região em estados judeu e árabe. Os líderes judeus aceitaram o plano, enquanto os líderes árabes o rejeitaram.

Após a declaração de independência de Israel em 1948, os estados árabes vizinhos invadiram, resultando em uma guerra. Israel ganhou territórios, mas centenas de milhares de palestinos fugiram ou foram deslocados.

A região tem sido marcada por conflitos intermitentes desde então. Isso inclui a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kippur (1973), que ampliaram as fronteiras de Israel.

Após a Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, territórios reivindicados pelos palestinos.

Várias tentativas de paz foram feitas ao longo das décadas, incluindo os Acordos de Oslo (1993), mas não conseguiram resolver completamente o conflito.

A construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia continua sendo uma questão polêmica, dificultando as negociações de paz.

A perseguição aos judeus tem raízes antigas na história europeia, como expulsões e perseguições religiosas. No entanto, a motivação principal para a criação de um Estado judeu na Palestina estava relacionada à necessidade de um refúgio seguro após o Holocausto e a aspiração do povo judeu por autodeterminação em sua terra ancestral. A criação de Israel em 1948 foi vista como uma solução para a perseguição histórica dos judeus.

É importante notar que este é um resumo simplificado de um conflito complexo e em constante evolução. Os eventos, atores e dinâmicas envolvidas são muito mais detalhados do que o que pode ser explicado aqui. 

Por: Verônica Nicoletti